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  • Inovação que salva vidas

    24/05/2019 | Institucional

    Trabalho de prevenção com motoristas de ônibus reduz em até 50% a ocorrência de acidentes em frotas seguradas

    Em 2014, a Livonius MGA, uma das mais antigas operadoras de seguros do Brasil, desenvolveu o serviço exclusivo de prevenção destinado aos clientes do seguro RCO (Responsabilidade Civil Ônibus). A prática visa conscientizar motoristas de ônibus e seus familiares sobre a importância da sua função para tornar as atividades de transporte mais seguras. Hoje, tem-se os resultados. Em frotas que apresentavam alta taxa de sinistralidade, o preventivo – como é chamado – conseguiu reduzir em até 50% a frequência dos acidentes.

    “Quero que o motorista sinta que alguém olha por ele”. A frase, de Beatriz Azevedo, Diretora da empresa Siaze e mentora do programa, denota o sentido de um trabalho de cuidado. Com zelo, ela e sua equipe se inserem na rotina dos motoristas por todo o país. Aprendem suas demandas, entendem as suas dificuldades, as preocupações e o seu dia-a-dia. Fazem ações que indicam a atenção com a saúde física e psicológica do motorista e ministram palestras que explicitam a relevância da tarefa de transportar pessoas e como ela precisa ser tratada com responsabilidade. Temas recorrentes são direção defensiva, a necessidade de estar descansado e de se alimentar bem, o apoio familiar, como gerir o estresse, o uso imprescindível do cinto de segurança por todos os passageiros e a contribuição de cada colaborador dentro da transportadora para tornar o trânsito mais seguro.

    Desde sua origem, a operação garante também o atendimento humanizado a todas as vítimas de acidentes com ônibus segurados. Em caso de sinistro, uma equipe de profissionais auxilia de imediato as vítimas, acompanha todo o processo de reabilitação – e disponibiliza o que for possível para que ela ocorra – além de assessorar as famílias.

    A ação parte da evidência de que o seguro é feito para pessoas. E que, por isso, é preciso prestar um serviço empático, que compreenda que um sinistro é uma situação delicada e que não há nada mais importante do que a vida. Foi com a vivência do atendimento humanizado, que Beatriz percebeu que poderia desempenhar mais. “A pessoa já estava ferida, já estava sofrendo, já tinha acontecido. Comecei a me perguntar: ‘como assim atendimento humano?’ Humano é fazermos algo pra evitar isso”, aponta.

    Este tipo de trabalho inovador no mercado de seguros brasileiro, mantido na empresa Siaze pela Essor Seguros e pela Livonius MGA, beneficia todos os envolvidos e, o principal, é comprovadamente capaz de contribuir para redução do número de acidentes e assim, salvar vidas. “O trabalho de prevenção não é mágico, é árduo, precisa ser contínuo, feito com cautela e seriedade. Não alcançamos resultados de um dia para o outro”, explica Beatriz. As atividades são personalizadas para cada empresa selecionada e atendida. Ao todo, 5.016 motoristas participaram do programa que já desenvolveu 1.361 ações, em 90 corporações. Em 2019, o objetivo é triplicar a operação.

     

    Panorama nacional de acidentes de ônibus

     

    Conforme dados do Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro*, em 2014, ocorreram 9.258 acidentes com ônibus que envolveram 28.160 pessoas em rodovias federais no país. Quatro anos depois, a última pesquisa mostra que o número reduziu para 2.594 acidentes – o que representa um decréscimo de quase 72% – e 12.011 pessoas envolvidas –  relação aproximadamente 57% menor. O maior decréscimo ocorreu entre os anos de 2014 e 2015, com diferença de 3.601 acidentes – em 2015, aconteceram 5.657, número quase 40% (38,9) menor em relação ao ano anterior.

    Desde 2011, os índices que chegaram a marcar 11.590 acidentes com 34.811 pessoas envolvidas diminuem (com exceção do ano de 2013 que apresentou 72 acidentes a mais do que em 2012). A redução deve-se a uma soma de fatores, mas, sabe-se que o comportamento humano é a chave para melhorar a segurança no trânsito.

    De acordo com a análise, a principal causa dos acidentes de ônibus é a falta de atenção – que entre 2007 e 2018 causou 37.347 acidentes com 103.815 pessoas envolvidas e 1.513 mortes. Não guardar distância de segurança ficou em segundo lugar, seguido por desobediência à sinalização. Entre os motivos com maior índice médio de gravidade, estão, respectivamente, motorista dormindo, ultrapassagem indevida, velocidade incompatível e ingestão de álcool.

     

    * Pesquisa desenvolvida pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST) com dados de acidentes registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) – disponível aqui.

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